16 janeiro 2007

Quantum I - Entrando na toca do coelho!

*** ESTA É A SÉRIE QUANTUM ONDE TENTO EXPLICAR AS PESSOAS O QUÃO FANTÁSTICO É O NOSSO MUNDO ***

Todas as épocas e gerações têm suas próprias suposições (se a terra é plana ou redonda) que podem ser ou não verdade. Claro que historicamente, na maioria dos casos não eram verdadeiras. Se tomarmos a história como guia, podemos presumir que muito do que nós pressupomos a respeito do mundo, simplesmente não é verdade. Mas estamos presos a estes preceitos muitas vezes, sem mesmo saber. É um paradigma. O materialismo moderno isenta as pessoas da necessidade de sentirem-se responsáveis assim como a religião. Porém a mecânica quântica coloca a responsabilidade em nossas mãos e não dá respostas claras e confortantes. Ela só diz que o mundo é muito grande e cheio de mistérios.

A Mecânica Quântica é a parte da física que estuda o estado de sistemas onde não valem os conceitos usuais da mecânica clássica. Usualmente estuda o movimento de partículas muito pequenas, ou seja, em nível microscópico. Tal pesquisa foi iniciada por Werner Karl Heisenberg (5 de Dezembro de 1901, Würzburg, Alemanha - 1 de Fevereiro de 1976, Munique, Alemanha), físico alemão, laureado com o Prêmio Nobel de Física e considerado fundador da Mecânica Quântica.



Um dos pilares da física quântica é a superposição quântica. A superposição implica que uma partícula pode estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo. É um conceito muito bizarro, a matéria não é o que pensávamos ser. Os cientistas viam a matéria como algo estático e previsível. As partículas ocupam um espaço insignificante nas moléculas e átomos. São partículas fundamentais. O resto é o vácuo. O que parece é que essas partículas aparecem e desaparecem o tempo todo, vão para universos alternativos, onde o “você” de lá faz a mesma pergunta quando elas somem e vêm pra cá.

Isto acontecesse porque a partícula se comporta de maneira estranha toda vez que você olha pra elas. Quando não olhamos, há ondas de possibilidades, quando olhamos existem partículas de experiência. Em uma partícula que pensamos ser algo sólido, existe a superposição, uma onda espalhando possíveis localizações, todas ao mesmo tempo. E no momento em que você olha, ela passa a estar em apenas uma das possíveis posições. O mundo tem várias formas de realidade em potencial, até você escolher. Tem que escolher o que quer. Pode estar em muitos lugares ao mesmo tempo, experimentando várias possibilidades, até elas convergirem para apenas uma.

Uma questão que naturalmente aparece é: Por que objetos e eventos macroscópicos (que obedecem as leis newtonianas) não parecem mostrar propriedades da mecânica quântica (como a superposição). Em 1935, Schrödinger descreveu um experimento já bem conhecido hoje como o gato de Schrödinger, que mostra as dissonâncias entre a mecânica quântica e a física newtoniana.

O gato é colocado numa caixa selada. No interior da caixa existe um dispositivo que contém um núcleo radioativo e um frasco de gás venenoso. Quando o núcleo decai, emite uma partícula que acciona o dispositivo, que parte o frasco e mata o gato. De acordo com a mecânica quântica, o núcleo é a gama de possibilidades (onda colapsa) entre "núcleo decaído" e "núcleo não decaído". No entanto, quando a caixa é aberta o experimentador vê só um "gato morto/núcleo decaído" ou um "núcleo não decaído/gato vivo." A questão é a de saber quando é que o sistema deixa de ser uma mistura de estados e se torna um ou outro? O objetivo da experiência é ilustrar que na mecânica quântica não existirem regras que descrevam quando é que a função de onda colapsa (gama de possibilidades) e o gato se torna morto ou vivo em vez de uma mistura de ambos – um gato morto-vivo das histórias de Stephen King.



Segundo a Interpretação de Copenhague, um sistema deixa de ser uma mistura de estados e passa a ser um único estado quando se dá uma observação, é uma sobreposição de estados "gato morto/núcleo decaído" e "gato vivo/núcleo não decaído" e só quando a caixa é aberta e se dá uma observação é que a função de onda colapsa num dos dois estados. Tudo depende do observador, tudo depende de nós.

Podemos dizer que tudo que conhecíamos, sobre o universo que nos cerca, era totalmente irrelevante para o nosso mundo físico. Porém a física quântica começa a nos mostrar como o nosso universo é fantástico e imprevisível. Mecanismo não é a resposta, nós somos a resposta. Basta você saber se realmente se está preparado para entrar na toca do coelho.

*** A SÉRIE QUANTUM IRÁ CONTINUAR ***

01 dezembro 2006

O jeito Piquet de ser!



Hockenheim, 8 de agosto de 1982. Na luta pelo bicampeonato com a Brabham, Nelson Piquet larga em quarto, assume a ponta do GP da Alemanha e abre 25 segundos sobre a Ferrari de Patrick Tambay. Na 19ª volta, o impensável: o retardatário Eliseo Salazar, que se arrastava com uma lenta ATS, força a freada na chicane e tira o brasileiro da corrida. Enloquecido, Piquet parte para cima do chileno e o ataca com empurrões e pontapés transmitidos ao vivo para todo o mundo.

Hungaroring, 10 de agosto de 1986. Ayrton Senna larga na pole com a Lotus, é ultrapassado pela Williams de Piquet e retoma a ponta nos boxes. Piquet passa a persegui-lo pelo traçado lento, que só permite ultrapassagens no fim da reta. Na 54ª volta, Senna espreme o rival contra o muro dos boxes, retarda a freada e é ultrapassado, mas mantém a preferência na curva e recupera a posição. Os pilotos permanecem colados nas duas voltas seguintes, até que Piquet força a passagem por fora, freia além do limite e ultrapassa a Lotus de lado, com os pneus travados. Liderança garantida, ergue o dedo médio para o compatriota.

As cenas resumem o estilo de um piloto veloz e irreverente que, apesar do tricampeonato na Fórmula 1 (1981-83-87), dividiu os fãs brasileiros de velocidade.

Piquet x Senna: "Ele não gosta de mulher"

Em março de 88, depois do terceiro título, Piquet amargava uma temporada de quebras e derrotas na Lotus. Senna, que começava a vencer na McLaren, aproveitou a moblilização do GP do Brasil, em Jacarepaguá, para provocá-lo: "Já que ninguém gosta muito dele, o único jeito era eu sumir para que ele pudesse aparecer um pouco". Irritado, Piquet chamou um repórter ao box da equipe e disparou a frase que perseguiria o rival até a morte: "Ele não gosta de mulher".

Quase doze anos depois do acidente fatal de Ayrton, em maio de 94, a rivalidade ainda gera discussão no meio automobilístico e na internet. A comunidade "Piquet foi melhor do que Senna" reúne mais de 2 mil piquetistas no orkut. Para eles, os fãs de Ayrton são "viúvas" e se recusam a aceitar que ele usou a imagem de bom moço para conquistar a simpatia da imprensa. Os sennistas contra-atacam na comunidade "Eu odeio Nelson Piquet", com quase 400 integrantes. Lá, o adjetivo mais simpático sobre o tricampeão é invejoso.

Comparações à parte, a ascensão de Senna veio junto ao declínio de Piquet. Ayrton venceu o primeiro campeonato em 88, um ano depois de o bad boy conquistar o último título. No entanto, foi com Nigel Mansell, companheiro na Williams entre 86 e 87, que Piquet travou o duelo mais acirrado da carreira.

Piquet x Mansell: "Ele gosta de mulher feia"

O brasileiro teve que manobrar nos bastidores e apelar à guerra de nervos para indispor o rival com parte da equipe inglesa. Piquet fez de tudo para irritar Mansell. "Temos duas diferenças. A primeira é que eu venci dois campeonatos e ele perdeu dois. A segunda é que eu gosto de mulher bonita e ele gosta de mulher feia", provocou, em 87. Na véspera do GP do México do mesmo ano, quando o inglês reclamava de desinteria, escondeu o papel higiênico do box.

A língua afiada divertia os fãs, mas fechava portas ao piloto. Em 88, Piquet descartou uma transferência para a escuderia italiana ao debochar do comendador Enzo Ferrari ("O velho está totalmente gagá"). Na mira do brasileiro, que se notabilizou por usar conhecimentos de mecânica para explorar brechas no regulamento, estiveram outros cartolas como Bernie Ecclestone, chefe na Brabham, e Jean-Marie Ballestre, ex-presidente da FIA.

Piquet aprendeu os segredos na oficina em que trabalhava na adolescência, quando corria de kart escondido dos pais e esperava o fim de semana para surrupiar carros em conserto e competir pelo Brasil. Em 1974, trabalhou de graça nos boxes da Brabham num GP extra em Brasília. "Você não serve nem para limpar um capacete", reclamou o argentino Carlos Reutemann. O troco veio sete anos depois, quando Piquet conquistou o primeiro título na F1 um ponto à frente do argentino: "Eu não sirvo para limpar o teu capacete, mas talvez você possa limpar o meu, que é de campeão do mundo".

11 setembro 2006

Luto ao defensor da natureza!

A Austrália perdeu, na segunda-feira, dia 4 de setembro de 2006, um ícone nacional. Steve Irwin, conhecido como o Caçador de Crocodilos, morreu ao ser atingido no coração pela cauda de uma raia venenosa, em Low Islands, na Austrália.



Fiquei muito triste pois Steve Irwin era um apaixonado pelos animais e um entusiasta defensor da vida selvagem. Era internacionalmente conhecido pelo contacto demasiado próximo com espécies perigosas como crocodilos, cobras venenosas e aranhas em seus programas nas emissoras Animal Planet e Discovery channel da tv paga que sempre assistia quando tinha tempo. Mas, aos 44 anos, a coragem e o encanto pelos animais perigosos custaram-lhe a vida.



O acidente aconteceu durante um mergulho, quando o australiano aproximou-se demasiado de uma raia venenosa que, ao sentir-se ameaçada, o atacou com a cauda, atingindo-o mortalmente no coração. A morte ocorreu, não ao veneno da raia, mas sim à profunda ferida que o espinho da cauda do animal provocou no peito do australiano.



Fica aqui o meu luto há um homem muito carismático e defensor da natureza que morreu fazendo o que mais amava na vida e isso importa mais do que o sentimento de perda que a morte traz a nós seres egoístas tão diferente dos animais selvagens. Steve Irwin deixa a mulher e dois filhos de três e oito anos.

Abaixo um vídeo em homenagem a Steve Irwin:

17 julho 2006

Obrigado, Zidane!

Bem, tem muito tempo mesmo que nao escrevo. Com este teclado americano que estou agora vai piorar ainda mais pois nao tem acentos. Mas vamos la! Afinal de contas acento bem que poderia ser uma coisa descartavel em nossas vidas. A lingua inglesa nao tem acento, no fim se torna bem mais pratico. Porem nao estou aqui para falar de acentos e sim de "Zizou", o famoso meia Frances de pais argelinos.
A Italia levou o trofeu para casa, consagrou-se tetra-campea com um futebol apenas competente e nada encantador, futebol este preferido de parreira, futebol de resultado que ele nao conseguiu implantatar em nossa equipe. Meu unico interesse em assistir esta final foi ver o que Zinedine Zidane poderia fazer, pois em toda minha vida nunca vi um futebol com tanta classe, o melhor jogador que ja vi jogar na vida, afinal lembro muito pouco do maradona.
Na final o que vi foi uma chifrada de touro nervoso e ainda um locutor idiota de um canal noveleiro dizendo que aquele ato manchou toda a carreira dele. Sera mesmo? Uma chifrada em Materazzi eh o que muitos atacantes que jogam no futebol italiano devem ter comemorado, pois ele eh o zagueiro mais violento da historia do futebol.
Zidane, muito obrigado pela magica dos lances que pude presenciar. Toda essa arte demonstrada com certeza me deu alegrias ao ve-lo jogar. Ve se passa na casa do Shevchenko, com certeza ele vai abrir um 18 anos por essa chifrada no Materazzi. Afinal de contas com um futebol tao esplendido voce apenas mostrou a ele como deve ser bom levar pancada.


Abaixo algumas das "melhores jogadas" de Marco Materazzi:

10 junho 2006

Números, castigo e gol!

Chegando em casa no sábado depois de uma atuação de extrema habilidade, com muitos gols em uma partida de futebol e mais uma confraternização no bar, fui folhear umas revistas antigas em casa. Uma me chamou a atenção, "Retrospectiva de um quarto de século", revista Veja edição 1311, 27 de outubro de 1993. Edição de comemoração pelo aniversário de uma revista que, sinceramente, odeio.

Abri na página dos fatos marcantes de 1973, a revista é de 1993, 20 anos após, quando eu tinha 13 anos, 13 também é um número místico e, opa, a edição é 1311 onde o 13 também está presente. Intrigante, mas não para por ai.

A matéria da página 43, mas esse três é chato hein, traz a informação sobre o golpe militar do chile, o mais violento golpe militar, que derrubou o presidente socialista Salvador Allende. Acuado no Palácio de LA Moneda, cercado de tanques e alvo de bombardeo aéreo, Allende saiu de la morto, teria suicidado. Mas dificilmente teria sobrevivido a repressão do general Augusto Pinochet, que esteve a frente do país durante dezesseis anos a custo de 2279 mortos e 641 desaparecidos políticos.

Todos já sabem que a maioria dos golpes militares na América do Sul teve como principal articulador e planejador os Estados Unidos, e no caso do chile, mais evidente devido a a política socialista do governo de Allende. O golpe militar do chile ocorreu em 11 de setembro de 1973, alguem sabe o que ocorreu exatamente 28 anos depois? Em 11 de setembro de 2001 os EUA sofreram o maior atentado de sua históra, onde as torres gêmeas foram destruídas. Como a edição da revista é 1113 não poderia esquecer do onze e do treze que está ai novamente.

Coincidência numerológica ou não, parece até castigo, estou curioso para saber o número de mortos e desaparecido do World Trade Center, mas chega de números, pois perdi até a conta de quantos gols marquei hoje na nossa partida de futebol. Tempo de copa do mundo é assim, o assunto começa com futebol, se desvia, e acaba voltando em futebol.


Salvador Allende

22 maio 2006

Le Parkour

Le Parkour derivado de "Le Parcours" que em francês quer dizer "o trajeto", ou ainda, "o percurso". Mas o que é isto afinal de contas? É o esporte radical que mais cresce em todo mundo ganhando milhares de adeptos. Do ponto de vista físico, o parkour consiste em você ir de um ponto a um outro ponto superando todos os obstáculos que encontrar no trajeto e usando apenas as possibilidades oferecidas pelo seu corpo, principalmente preservando a integridade física.



Os praticantes geralmente utilizam pontes, viadutos, praças, qualquer tipo de obstáculo complexo físico de onde seja permitido correr, saltar, escalar praticando manobras radicais parecidas com uma ginastica olímpica de rua. Os praticantes mais experientes chegam a saltar de um prédio a outro e de alturas de até 6 metros. O mais interessantes é que não utilizam nehum equipamento extra, no máximo uma sapatilha ou luva.


A segurança no Le Parkour segundo os praticantes é conhecer os próprios limites e sempre estar preparado para vencer novos obstáculos. É muito importante a total conciência mental dos limites do próprio corpo, pois um erro pode ser letal. Preparar a mente para superar os obstáculos vencendo seus medos e inseguranças, transpondo isso para outras esferas da vida, e é isso que traz os benefícios da prática e o grande número de adeptos nas capitais do país já impressiona. Se uma criança disser que viu o homem-aranha por aí não duvide.


*** Se impressione com a prática do pakour neste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=q-5uS_2XQI4&search=le%20parkour ***

26 abril 2006

Pripyat, a cidade fantasma.


Uma explosão, gritos, a sirene da usina de Chernobyl é disparada no dia 26 de abril de 1986 às 01h23, hora local; 19h23, hora de Brasília. A explosão do reator número quatro destruiu sua cobertura, uma nuvem de radiação se espalhou pelo leste europeu. Foi como se a explosão acabasse com todo o sonho do socialismo soviético. A sirene da usina de Chernobyl anuncia o fim, como um gongo repetitivamente estridente de um nocaute técnico.

Cidade abandonada e a usina 3 km adiante no fundo

A cidade de Pripyat foi construída para servir de lar para trabalhadores da usina de Chernobyl, lá, há 20 anos, aconteceu o maior acidente nuclear da história. Ela foi abandonada 36 horas após a explosão. 49 mil habitantes da cidade foram evacuados rapidamente, levando consigo apenas pertences pessoais já que as autoridades disseram que eles poderiam voltar em dias. Pouco depois, as casas foram saqueadas.

A natureza vem invadindo a cidade, vemos
o que sobrou de um parque de diversões.

Pripyat era uma cidade-modelo, repleta de jovens. Símbolo de esperança para uma União Soviética já em declive social, econômico e político. A explosão destruiu todos os seus sonhos e o futuro da URSS mostrou que o império era uma farsa. Karl Marx, o filósofo da humanidade, talvez não soubesse que toda suas idéias poderiam culminar em destinos tão incertos, assim como o própio átomo não tem noção da reação em cadeia que pode causar.

Uma obra de um dos artistas clandestinos que percorreram
a cidade grafitando silhuetas dos habitantes desaparecidos

Vivemos hoje em uma única doutrina consumista e massante, a que melhor se adaptou aos desejos do homem. Apesar de todos os sonhos se forem para muito gente. Não podemos desistir ainda de propiciar qualidade de vida a cada ser humano do planeta. Só espero que tenhamos mais responsabilidade com a utilização da energia nuclear, que acontecimentos como este não sejam esquecidos e sirvam como exemplo do sacrifício humano para alcançar certos objetivos que no fim não valem nada.

Dentro de uma escola primária, um álbum de fotos está caído no chão,
nele está escrito: "Que nossas crianças vivam em um planeta ensolarado"

Cortando na Alta

O que seria cortando na alta?

Gíria muito popular entre os jovens, teve origem em rachas. Os carros que passavam em alta velocidade, estavam "cortando na alta", alusão ao conta giro do motor quase pregado aos 7.000 giros.

Mas o sentido da palavra hoje, é usado para definir algo muito bom, que transpõe limites ou gera excessos. Fácil hoje ver os jovens dizendo, aquela festa estava "cortando na alta" ( a festa estava muito boa), aquela garota está "cortando na alta" (ela ta muito gata) etc...

Ou seja, todo mundo quer "cortar na alta"!